17 Fevereiro 2021
O município de Barcelos vai dar parecer negativo ao projeto de fusão e ampliação de concessões mineiras no concelho, em nome da defesa das populações e do ambiente, anunciou hoje o presidente da Câmara.
Miguel Costa Gomes acrescentou, no entanto, que considera “muito difícil” que venha a ser travado o projeto de fusão e ampliação das concessões mineiras de Bouça da Galheta, na freguesia de Fragoso, concelho de Barcelos, distrito de Braga, e Alvarães, União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, Vila de Punhe, no concelho de Viana do Castelo.
A consulta pública da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) decorre até 21 de fevereiro.
“O município fará tudo o que estiver ao seu alcance para que as coisas sejam feitas pela lei e se evite, eventualmente, a exploração, o que eu acho muito difícil”, referiu o autarca, sublinhando que a competência do licenciamento é da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Costa Gomes disse ter sido informado de que “a exploração já existia” e que só agora é que estão a ser feitos os indispensáveis estudos de impacto ambiental, uma situação que considera inadmissível.
“Não podemos admitir que se avance com um processo sensível [antes de serem emitidos os respetivos licenciamentos]. A empresa sabia perfeitamente que, antes de mexer fosse no que fosse, teria de pedir os respetivos estudos e licenciamentos”, apontou, adiantando que este será um dos argumentos que o município esgrimirá no seu parecer desfavorável.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, já disse que o projeto é uma "oportunidade" para introduzir "mecanismos de controlo e monitorização mais rigorosos e exigentes".
O autarca acrescentou que o município "vai aproveitar todas as oportunidades que a nova legislação de exploração de minerais introduziu, através de mecanismos de controlo e monitorização mais rigorosos e exigentes".
O objetivo, explicou, será "acautelar questões que tenham a ver com a salvaguarda do património quer natural quer arqueológico existente e ainda introduzir medidas mais adequadas no âmbito recuperação ambiental final".
Se o projeto for aprovado, a área afeta à extração vai passar dos atuais 50,2 hectares, que se encontram autorizados pela Direção-Geral de Geologia e Energia, para uma área de 74,5 hectares.
Estima-se uma vida útil do projeto de 41 anos, durante os quais se prevê a extração média anual de 489.657 toneladas de materiais e a comercialização dos produtos extraídos, nomeadamente caulino, areias e argilas.
A escavação para a retirada dos materiais que se pretende explorar atinge profundidades máximas de 35 metros.
Prevê-se um movimento da ordem dos 47 camiões por dia.
No concelho de Barcelos, as povoações mais próximas da área do projeto são Alvas, que fica a 358 metros, e Ponte, a 625 metros.
No concelho de Viana do Castelo, as povoações mais próximas da área do projeto são Regos, a 676 metros, e Alvarães a 1.131 metros.
24 Fevereiro 2021
Vacinação contra covid-19 está a 'decorrer em pleno' em Terras de Bouro
24 Fevereiro 2021
Tribunal condena a pena suspensa e perda de mandato presidente da Câmara de Vila Verde
24 Fevereiro 2021
Braga adopta medidas e aposta na sensibilização para diminuição do uso de plástico
24 Fevereiro 2021
24 Fevereiro 2021
Câmara de Barcelos avança com recolha seletiva de biorresíduos
24 Fevereiro 2021
UMinho integra projeto europeu para melhorar competências digitais das mulheres migrantes
24 Fevereiro 2021
Município suporta aumento de tarifas dos resíduos, água e saneamento
Deixa o teu comentário