Braga, quinta-feira

Braga e Guimarães dão cartas no salto à corda mundial

Regional

21 Julho 2019

Redação

Uma equipa de Braga de 'rope skiping' (salto à corda) ganhou três títulos nos recentes campeonatos mundiais, na Noruega, de uma modalidade em expansão internacionalmente e também em Portugal, com especial destaque no Minho.

Uma equipa de Braga de 'rope skiping' (salto à corda) ganhou três títulos nos recentes campeonatos mundiais, na Noruega, de uma modalidade em expansão internacionalmente e também em Portugal, com especial destaque no Minho.

Na primeira semana de julho, Inês Ferreira, de 16 anos, Maria Assis (16), Raquel Moreira (15) e Filipa Leite (14) do clube de 'rope skiping' do Colégio João Paulo II, em Dume, Braga, sagraram-se campeãs mundiais no escalão 15/16 anos e, mais significativo, porque competiram com atletas de todas as idades, vice-campeãs mundiais na prova de 'single rope' de equipas, estilo livre.

Além destas medalhas, Filipa Leite, a mais nova do grupo, venceu também a prova individual dos 30 segundos do seu escalão etário, na qual se procura obter o maior número de saltos.

"Fiz 93 saltos, ou seja, [uma pontuação de] 186", porque a fórmula multiplica por dois cada salto, contabilizando-se o momento em que o pé direito embate no chão, explicou à Lusa.

A modalidade tem por base os saltos à corda e pode ser praticada individualmente e em equipa. Nesta variante, destacam-se as coreografias acompanhadas de música, que incluem acrobacias e diversas combinações de habilidades.

O 'rope skiping' é ainda pouco conhecido em Portugal, mas o número de praticantes tem vindo a crescer, como explica o treinador Carlos Freitas, também ele atleta.

"Neste mundial participaram 975 atletas, no primeiro europeu em que participei, em 2012, eram cerca de 200. Há quatro anos, os mundiais tinham cerca de 600 atletas, por isso, tem havido uma grande evolução da modalidade. Em Portugal, há cerca de 200 atletas filiados", conta.

É em Braga e Guimarães, mais concretamente na vila das Taipas, onde estão sediados os atuais campeões nacionais, que está a maior parte dos atletas filiados em Portugal.

Na Noruega, as expectativas eram baixas e o nervosismo "muito grande", pelo que as conquistas alcançadas chegaram com "surpresa".

"Estávamos numa competição mundial e competíamos contra campeões mundiais chineses e americanos", explicam Filipa Leite e Maria Assis.

"Pensávamos que não íamos ganhar nada porque, normalmente, nestas competições, os chineses 'limpam' tudo porque eles são muito bons", acrescenta Filipa.

Para Carlos Freitas, "a principal dificuldade foi mesmo o nervosismo, elas não estavam a acreditar que tinham passado às finais e estavam a competir com atletas mais velhos, com 10/15 anos de experiência".

"Na final, eram seis equipas e ficaram em segundo lugar, a prova é avaliada em termos de criatividade, dificuldade, elementos obrigatórios e a tudo isso são deduzidas as falhas e elas saíram-se muito bem a nível de coordenação e dificuldade apresentada, a criatividade, a postura do corpo foi muito boa", recorda.

A coreografia foi responsabilidade do jovem de 22 anos, natural das Taipas e estudante de medicina em Coimbra, que contou com a ajuda das atletas.

"Elas foram muito autónomas nesse trabalho, só ajudei em alguns retoques para acertar alguns pormenores. As coreografias são fechadas em janeiro e depois é treinar muito. Elas treinam três a quatro vezes por semana, duas a três horas por treino, normalmente no fim das aulas", disse.

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