Braga, sábado

‘Companhia de Espectadores’ está de regresso com obras clássicas

Diversos

05 Janeiro 2025

José Paulo Silva José Paulo Silva

Theatro Circo acolheu ontem a edição zero da nova temporada de ‘Companhia de Espectadores’, um projecto de mediação artística que aposta agora nos textos clássicos.

Este ano, o Theatro Circo volta a receber a ‘Companhia de Espectadores’. Orientados pelo ‘BALA - Núcleo Dramatúrgico’, os espectadores são desafiados, em sessões informais de partilha e reflexão sobre obras clássicas do teatro, iniciando já este mês com a “descoberta” de ‘Ricardo III, de William Shakespeare, que o encenador Marco Paiva e a sua companhia ‘Terra Amarela’ apresentam na sala bracarense a 10 de Janeiro.
 

O propósito desta segunda temporada da ‘Companhia dos Espectadores’, que ontem teve a sua edição 0 para apresentação do propósito do projecto e as suas dinâmicas, é levar o público a entender como artistas e companhias de hoje “reimaginam estes textos à luz das inquietações e temas dos nossos dias, com foco na descoberta das diferentes camadas que tornam estas obras tão vivas no presente” em sessões “onde as perguntas são tão importantes quanto as respostas”. 
 

A sessão 2 da ‘Companhia de Espectadores’, no dia de Março, analisará um texto clássico a designar.


Maria Quintelas e Carlota Vieira, do ‘BALA - Núcleo Dramatúrgico’, explicaram ontem que, após a temporada de 2024 em que as sessões de ‘Companhia de Espectadores’ foi dedicada apenas a objectos dramatúrgiccos, no corrente ano, este exercício de mediação cultural será alargado à literatura e ao cinema.


As duas animadoras culturais destacaram que o projecto ‘Companhia de Espectadores’ para o qual foram desafiados pelo Theatro Circo visa “dotar as pessoas de ferramentas que lhes permitam analisar outros objectos artísticos para além daquele que está em foco na sessão em causa.
 

O projecto “tem corrido muito bem” e as suas dinamizadoras registam um envolvimento crescente dos participantes.


“O que nos distingue de outros projectos de mediação é a abordagem informal, em que não há uma conversa à distância a explicar o objecto artístico”, procurando aproximar as pessoas do teatro e de outras artes perfomativas, adiantaram.


No caso do teatro, Maria Quintelas e Carlota Vieira, abordam “outras linguagens” menos explícitas para o público como os figurinos, a música ou o som, que concorrem para um espectáculo

Deixa o teu comentário