26 Agosto 2020
O 34.º Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, que decorrerá pela primeira vez num formato online em 05 de setembro, terá a oportunidade de regressar às origens com uma componente mais científica, explicou hoje a organização.
“Este será um ano diferente e uma experiência nova para nós. Vamos ver até que ponto resulta, mas esperamos que sim, pois conseguimos um bom painel, com temas interessantes, afastamo-nos um pouco da temática do esotérico e aproximamo-nos mais da parte científica, numa tentativa de regressarmos às origens”, realçou à Lusa um dos elementos da organização, a cargo da Associação de Defesa do Património Vilar de Perdizes.
João Ribeiro lembra que a pandemia de covid-19 ‘obrigou’ o congresso a realizar-se ‘online’, em vez de decorrer como habitualmente em Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, no distrito de Vila Real.
“Não haverá a feira, que trazia o esotérico a Vilar de Perdizes, mas ainda assim vamos abrir o salão do congresso na aldeia, para a projeção em vídeo do evento, para os locais e também para um ou outro visitante que marque presença, dentro do limite estabelecido para aquele espaço”, sublinhou.
De fora na edição de 2020 fica o espaço físico para diversos intervenientes, desde curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos ou massagistas, que atraíam muitos curiosos e turistas.
O congresso ‘online’ arranca às 10:30 e tem encerramento previsto às 15:30. O programa da manhã conta com a intervenção da engenheira zootécnica Alexandra Contreiras, com o tema “A biodiversidade e o impacto das plantas na saúde”, e de um professor de neurologia e de farmacologia clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com o tema “Doença de Parkinson – como tratar a doença para além dos medicamentos”.
Já à tarde, Maria Fernanda Botelho (Western Herbal Medicine de Glasgow, Escócia) terá uma intervenção com o tema “As plantas na saúde e na mulher” e o médico oncologista dos Hospitais da Universidade de Coimbra Paulo Tavares fará uma intervenção com o tema “O uso terapêutico da canábis na oncologia”.
“Tentámos fazer um painel atrativo, que não fugisse muito ao que o congresso é, mas que tivesse muito também de universitário e científico. Em todos os painéis haverá espaço para a intervenção do público”, frisou João Ribeiro.
O Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, que tem como principal impulsionador o padre António Fontes, que lançou o evento em 1983, procura manter-se ativo e será transmitido através do canal da rede social Youtube do município de Montalegre.
Para o vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira, a solução encontrada para o congresso com a sua realização ‘online’ permite “dar um salto para as novas tecnologias”.
“Muito se discutia sobre o caminho e o rumo a dar a este congresso e a covid-19 ajuda a encontrar uma solução diferente. É um risco que temos de correr, mas é também um desafio no ano em que estamos a viver”, realçou.
Para o autarca, apesar de se perder a proximidade que as pessoas criaram com o padre Fontes, em Vilar de Perdizes, haverá, no entanto, uma conquista ao transportar o congresso para os meios digitais.
“Será uma grande hipótese para se internacionalizar mais e melhor este congresso. Vamos também voltar à raiz do mundo mais académico, pois o programa deste ano volta a conquistar esse espaço”, apontou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 820 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.807 em Portugal.
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