Braga, quinta-feira

Covid-19: Situação no país é favorável, mas em Lisboa é preocupante Marcelo

Nacional

28 Maio 2020

Redação

O Presidente da República considerou hoje que "a fotografia" da evolução da pandemia de covid-19 no país "é favorável", mas admitiu preocupação com situação na região de Lisboa, onde tem crescido o número de infetados.

O Presidente da República considerou hoje que "a fotografia" da evolução da pandemia de covid-19 no país "é favorável", mas admitiu preocupação com situação na região de Lisboa, onde tem crescido o número de infetados.

A "fotografia" da situação do país "é favorável", "não há uma situação de descontrolo" em Lisboa e Vale do Tejo, mas sim de "atenção e preocupação", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final de mais um encontro, o sétimo desde o início do surto, em março, com especialistas sobre a "situação epidemiológica da covid-19 em Portugal", no Infarmed, em Lisboa.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, na reunião de hoje “reconheceu-se o que há uma especial atenção e preocupação quanto à região de Lisboa e Vale do Tejo”, onde o indicador do risco de transmissibilidade – o R – “é ligeiramente superior”, de 1,01, acima da média nacional, inferior a 1.

O R é o número médio de contágios causados por cada pessoa infetada.

Para Marcelo, “é patente a existência de focos e surtos, mas que estão a merecer atenção e preocupação” por parte das autoridades.

“Reconhece-se que há especial atenção e preocupação quando à região de Lisboa e Vale do Tejo, não apenas por causa do R, mas porque é patente a existência quanto ao número de infetados, de focos, parte deles já detetados e com acompanhamento das cadeias de transmissão”, acrescentou, e o que “merece a tal atenção e preocupação”.

Além dos motivos de preocupação em Lisboa, a que se referiu pelo menos por três vezes, Marcelo Rebelo de Sousa destacou “aspetos positivos”, com o R abaixo de 1 nas duas regiões autónomas, Alentejo, Algarve, Norte e Centro.

Outro “aspeto positivo” foi a evolução do número de internados nos hospitais, nomeadamente em cuidados intensivos, que “continua com tendência decrescente” e com “menor pressão” sobre essas estruturas.

O Presidente da República afirmou ainda que, "em termos globais", a primeira fase do desconfinamento "não perturbou o R e na generalidade do país o resultado é de evolução favorável".

Para dia 08 de junho está prevista uma nova reunião com especialistas, para se "poder olhar com distanciamento" os "efeitos da segunda fase de desconfinamento, de 18 [dia de maio] em diante" e antes da terceira fase, que se inicia em 01 de junho "e cujos efeitos ainda não serão visíveis dia 8”, explicou o Presidente.

Esta é a sétima reunião deste género no Infarmed, com especialistas, Presidente, Governo, líderes partidários e parceiros sociais, e na qual foram apresentados e analisados os dados relativos às primeiras duas fases de desconfinamento, um dia antes do Conselho de Ministros se reunir para decidir sobre a terceira fase de reabertura, prevista para dia 01 de junho.

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