CUF abre hospital privado junto ao Braga Parque em 2027

Num investimento previsto de 45 milhões de euros, a CUF vai abrir, no final de 2027, um novo hospital privado em Braga. Vai ser construído junto ao Braga Parque, no edifício devoluto onde em tempos funcionou uma ‘loja dos chineses’.

O anúncio foi feito ontem, pelo presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz, que assinalou que o projecto que reforça a rede nacional da CUF é divulgado precisamente cinco anos após o fim da parceria público privada (PPP)?que, durante dez anos, geriu o Hospital de Braga.

 

“Este é um dia importante na estratégia de expansão e consolidação da rede CUF. Regressamos a uma região que conhecemos bem e a uma comunidade que também nos conhece bem. Estamos de volta com a mesma matriz que conheceram durante dez anos no Hospital de Braga: com um projecto diferenciador e com qualidade clínica, com uma forte integração na comunidade e uma estreita colaboração com a Universidade do Minho”, referiu Rui Diniz.

O novo hospital, que deve criar 300 novos postos de trabalho, terá 12 mil metros quadrados de área clínica, distribuídos por dois pisos de actividade assistencial. “É uma área muito relevante, que nos vai permitir ter três blocos operatórios, um hospital de dia oncológico, 40 camas de internamento médico e cirúrgico, uma Unidade de cuidados Intermédios, uma urgência com atendimento permanente 24 horas, praticamente todas as especialidades médico-cirúrgicas e uma área de exames muito diferenciada e tecnologicamente bastante avançada”, espe- cificou Rui Diniz.

Perspectivando que dê resposta até 100 mil pessoas por ano, o novo hospital será construído em parceria com a Mundicenter, proprietária do Braga Parque. O hospital terá ligação ao centro comercial.

“Vamos beneficiar do facto de desenvolvermos este projecto num edifício já existente na vizinhança do Braga Parque e isso permite-nos acelerar um bocadinho o projecto. Porém, a construção de um hospital, até pela tecnologia que está envolvida, é um projecto que sempre necessita de algum tempo”, referiu ainda o presidente da CUF, reafirmando que o objectivo é ter o hospital concluído e aberto à população até ao fim de 2027.

Rui Diniz recordou que a ligação à Universidade do Minho foi “um factor diferenciador” quando a CUF esteve na gestão do Hospital de Braga, pelo que o objectivo agora é reafirmar essa ligação, com o intuito de “continuar a fomentar a formação médica e a investigação”. Nesse contexto, a CUF e a Universidade do Minho, na pessoa do reitor Rui Vieira de Castro, celebraram ontem um Memorando de Entendimento que prevê a promoção de Programas de Doutoramento para médicos do Minho e a cooperação na área do ensino médico e da investigação clínica, através da Escola de Medicina.
 

No que diz respeito à ligação à comunidade, a CUF formalizou também o seu pedido de adesão ao Conselho Local de Acção Social do Município de Braga, de modo “a contribuir de forma activa para uma resposta às questões sociais da comunidade”.

O anúncio do novo hospital da CUF em Braga contou a presença de Ricardo Rio, além dos vereadores Olga Pereira, Carla Sepúlveda e João Rodrigues.

O presidente da Câmara mostrou-se “muito satisfeito” com mais este investimento em Braga e por várias ordens de razão. “O primeiro factor de satisfação é porque estamos a reforçar a capacidade de resposta do ponto de vista da prestação de cuidados de saúde e com uma entidade que tem uma reputação e um trabalho de excelência a nível nacional”, referiu o edil, lembrando que a CUF é “uma marca muito bem-vinda à cidade de Braga, uma marca com quem Braga já teve uma relação e uma relação positiva no âmbito da PPP”, o que é um excelente cartão-de-visita “pois reforça a segurança que os bracarenses podem ter nesta entidade”.

Rio notou ainda outras dimensões importantes deste projecto, desde logo “do ponto de vista das oportunidades de colaboração que se geram com a Universidade do Minho, com os centros de investigação e com a comunidade local”.

O presidente da autarquia sublinhou ainda que a construção do hospital da CIF é “uma mais-valia do ponto de vista da organização do espaço urbano” naquela zona da cidade. A con- cretização do projecto libertará para área verde um lote que tinha capacidade para construção.