20 Fevereiro 2021
Com o sector da cerâmica e da alaria a passar por momentos difíceis, no concelho de Barcelos, o design pode ser determinante para lhe conferir novo impulso e promover a sua revitalização.
A cerâmica e olaria tradicional, áreas de actividade tão características do concelho de Barcelos, atravessam tempos difíceis. O determinante para a sua revitalização.
A ideia foi defendida ontem, no arranque da primeira edição do Lastra’21- Conversas sobre Design e Inovação na Cerâmica e Olaria, uma iniciativa dinamizada online pela Escola Superior de Design (ESD) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).
Armandina Saleiro, vice-presidente da Câmara de Barcelos realçou que a pandemia está afectar negativamente a produção de cerâmica no concelho. Com os restaurantes fechados ou com funcionamento condicionado há cerca de um ano, os produtos em cerâmica acabam por não escoar.
“A situação preocupa-nos”, assumiu a autarca, avançando que a Câmara Municipal de Barcelos quer trabalhar com as empresas destes sectores para que não desmobilizem.
“Queremos manter em Barcelos uma actividade que é uma das nossas imagens de marca, a cerâmica”, realçou, agradecendo ao IPCA por, através da Escola de Design, estabelecer parcerias que permitem dar um toque diferenciador à indústria de cerâmica. Um toque que surge como uma mais-valia para a produção concelhia.
Na mesma linha, a directora do Museu da Olaria, Cláudia Milhazes, considerou que o evento de ontem foi “uma mais-valia” para o momento que o sector atravessa. “A cerâmica está a passar por um momento muito difícil, sendo que é uma área com forte tradição no concelho. É um património de todos”, referiu, lembrando que a cerâmica está associada a Barcelos já desde, pelo menos, o século XVIII.
A crise no sector da cerâmica e olaria não é de agora. Recordou que já em 1970 o antigo director do Museu da Olaria, Lapo Carneiro, escrevia num artigo que antevia o fim da olaria tradicional. “portanto, já nos finais do século XX já havia manifestações sobre a agonia que se vivia no sector”, realçou Cláudia Milhazes, que acredita que o Design aplicado à olaria pode ter um papel determinante para a sua revitalização.
“O que resta da olaria tradicional era importante que pudesse ressurgir, ganhar como que um novo impulso, daí a importância de parcerias como aquelas que podem ser estabelecidas com o IPCA, concretamente com a Escola de Design para se possa revitalizar a olaria tradicional”, referiu Cláudia Milhazes.
A directora do Museu da Olaria sublinhou, assim, que estas parcerias com o IPCA são “fundamentais para reverter” esta ameaça que afecta a olaria tradicional.
O evento dinamizado ontem pela ESD pretendeu promover a partilha e o debate de projectos de designers, educadores e empresas do sector cerâmico e olárico de forma a dar visibilidade e criar massa crítica sobre a importância, oportunidades e potencialidades futuras do sector.
João Nunes Sampaio, docente da ESD do IPCA e um dos organizadores do Lastra, explicou que a iniciativa quer dar visibilidade ao sector e à sua associação com design.
23 Fevereiro 2021
'Jackpot' de 210 milhões de euros no próximo concurso do Euromilhões
21 Fevereiro 2021
Escolhidas primeiras cinco canções finalistas do Festival da Canção
19 Fevereiro 2021
'Jackpot' de 210 milhões de euros no próximo concurso do Euromilhões
Deixa o teu comentário