09 Junho 2025
Campeão de Viana superiorizou-se ao de Braga, o Celoricense, numa final ganha em Ribeirão, por 2-0, contrariando a tendência dos últimos anos. Equipas vão reencontrar-se na próxima temporada, no Campeonato de Portugal.
Desportivo de Monção é o 11.º e novo vencedor da Taça dos Campeões do Minho, que juntou, como habitualmente, os vencedores dos principais campeonatos distritais de Braga e Viana do Castelo.
Os monçanenses, cujo campeonato terminou há quase um mês, chegaram a esta partida depois de uma final perdida, nos penáltis, na semana anterior, na Supertaça de Viana, diante do Correlhã. Já o Celoricense, teoricamente com maior andamento competitivo, vinha de uma goleada sofrida em casa, diante do Marinhas, no encerramento da Pró-Nacional (que conquistaram já há várias jornadas), também há oito dias.
Começou melhor a formação de Celorico de Basto, com duas belas oportunidades dentro dos primeiros dez minutos. Rentería, lançado por Freider (que bela exibição deste colombiano, que se candidata a outros palcos), atirou pouco ao lado, num remate a meia altura, cruzado. Depois, foi Gabriel Neto a trabalhar bem e a ver o golo ser-lhe negado por uma grande defesa de Gonçalo.
Com o Monção a equilibrar paulatinamente, a primeira parte terminou com novo ocasião iminente de golo do Celoricense, quando um defesa dos monçanenses a desviar para o poste da própria baliza.
Na segunda parte, a eficácia ditou leis para o conjunto do Alto Minho. Didi, lançado ao intervalo, protagonizou grande jogada aos 55 minutos, esbarrando no guarda-redes Aristides mas apontando o 0-1 na recarga. Minutos depois, num livre de Vítor Hugo, o inevitável Baptista (34.º golo na temporada, em 36 jogos) antecipou-se e, ao primeiro poste, cabeceou para o 0-2.
Até ao final, o Celoricense não se rendeu, mas foi faltando critério e sobrou o coração, até em demasia, como se percebeu na expulsão de Jean Lucas, por vermelho directo. Sem culpa disso, o compacto Monção fez a festa.
“Faltava terminar com a cereja no topo do bolo”
Aos 66 minutos, Paulo Almeida viu o vermelho das mãos do árbitro Renato Gonçalves, numa altura em que o Monção já vencia por 2-0, acabando por ver o resto da final fora do banco.
“Felicissimo pela conquista, é a primeira vez na história do clube. Felicíssimo também por estes jogadores, que são fantásticos, fizeram uma época extraordinária. Tínhamos de terminar com a cereja no topo do bolo e é uma alegria imensa, por eles”, disse o técnico do Monção.
“Em 14 anos que sou treinador, fui expulso pela primeira vez, apenas por ter aberto o braço. O árbitro disse que me pede desculpas se se enganou. Eu aceito as desculpas, todos erramos. Fiquei triste e frustrado porque deixei de estar junto da equipa. Numa final os nervos estão sempre lá em cima, tal como a emoção. A reacção se calhar não foi a mais correcta e também lhe pedi desculpa por isso”, explicou, deixando críticas ao local escolhido para a realização da final.
“Uma final da Taça dos Campeões do Minho merecia um campo melhor, um relvado melhor. Tenho um jogador que já está com uma entorse. Sabia que podia acontecer… há tantos relvados bons e é lamentável. A organização deste jogo é ridícula, sinceramente. Um campo destes não é aceitável para uma final. Mas viemos para ganhar e nem que fosse num pelado, tínhamos de levar a Taça para Monção”, concluiu o técnico de 46 anos do emblema de Monção.
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