28 Novembro 2024
Tânia Patrão, jovem de 25 anos natural de Montalegre é árbitra de futebol e médica. Consegue conciliar as duas carreiras de forma extraordinária e vai-se destacando nas duas funções, tendo sido a primeira mulher a arbitrar a final da Supertaça AF Braga.
Dois equipamentos bem diferentes, duas formas de trabalho completamente díspares. Mas duas funções que se unem nas paixões de Tânia Patrão.
Uma jovem de 25 anos, natural de Covelo do Gerês, Montalegre, que está agora por Braga, onde para além de ter concluído a sua licenciatura como médica, vai abraçar agora a especialidade, dedicando-se à ortopedia.
Mas para além da profissão que ocupa, Tânia destaca-se pela dedicação que emprega na sua outra carreira: a arbitragem.
É uma jovem árbitra dos quadros da Associação de Futebol de Braga, encontrando-se neste momento a arbitrar as principais competições do futebol feminino nacional, a Liga BPI, Taça de Portugal, Taça da Liga e, por vezes também, algumas partidas de escalões masculinos jovens.
Recentemente viu a sua dedicação e qualidade do seu trabalho reconhecida ao ser nomeada para arbitrar a Supertaça AF Braga, entre as equipas do Vieira SC e GD Joane. E fez história ao tornar-se a primeira mulher a arbitrar uma final entre equipas seniores masculinas na associação bracarense.
Para Tânia, este foi “um momento muito importante de reconhecimento pela sua dedicação à arbitragem e por todos os esforços que tenho realizado no sentido de conciliar a minha vida quer como estudante, quer como profissional com esta paixão da arbitragem”.
A paixão pela bata e pelo estetoscópio praticamente nasceu com esta jovem médica, que “sonhava desde pequena com seguir medicina”. Preparou-se para seguir essa carreira e dedicou-se.
Pelo meio surgiu a arbitragem. “Comecei aos 14 anos, a convite de um primo que já era árbitro e convidou os rapazes da família a tirarem o curso. Nenhum deles se mostrou muito interessado e eu aceitei o desafio. Inscrevo-me e depois foi aprender e trabalhar para evoluir”, refere Tânia.
Essa evolução trouxe-lhe já o crescimento na carreira, onde está a arbitrar as maiores competições nacionais femininas. Mas tem mais objectivos pela frente. Uns mais imediatos e outros que podem chegar com o tempo. Desde logo, há o sonho de repetir o feito de apitar uma final, mas desta vez uma final nacional feminina. “Esse é o meu objectivo mais próximo de alcançar. Depois claro que tenho a meta da internacionalização. Mas vamos ver. Da minha parte podem contar com toda a dedicação nesta carreira, sendo que tenho sempre a minha profissão para cumprir. Por vezes pode ser difícil conciliar as duas carreiras, mas eu organizo- me muito bem e tenho tempo para tudo”, declara Tânia logo frisando que tem noção que, no futuro, as coisas podem complicar-se um pouco: “sei que devido à minha profissão, os meus horários podem complicar-se um pouco e que pode chegar a altura de tomar uma decisão entre uma carreira ou outra. Mas vou caminhando passo a passo e dando o meu melhor. Quando chegar – e se chegar – essa altura, tomarei uma decisão”.
Algo que Tânia Patrão faz, sempre que possível, é incentivar os mais jovens a experimentarem a arbitragem. “Meninas ou meninos, não interessa. Podem tirar um curso de árbitro de forma gratuita nas associações de futebol e podem enveredar por uma carreira que, para além de ser possível conciliar com outra, permite também um encaixe financeiro interessante. Isso é importante, muitas vezes, para os mais jovens poderem começar a ter o seu próprio dinheiro para as suas coisas”, considera a doutora árbitra, lembrando ainda que a todos os níveis, o desporto “é muito positivo e traz muitos benefícios. Seja na saúde, na escola, na capacidade organizativa, na vida social… São muitos os benefícios”.
E por isso fica o convite de Tânia Patrão, esta jovem árbitra e médica que vai espalhando a sua qualidade quer no relvado, quer nos hospitais, dando um verdadeiro exemplo de uma carreira dual de sucesso.
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