04 Dezembro 2024
Já está disponível nas plataformas digitais a canção “Viva La Muerte!” de Mão Morta , que se insere nas comemorações dos 40 anos da banda. Este tema fará parte do alinhamento dos concertos com o mesmo nome, “Viva La Muerte!”, que acontecerão em Janeiro, Fevereiro e Março de 2025.
A canção “Viva La Muerte!” antecipa o álbum homónimo, que será lançado dia 17 de Janeiro. Tem letra de Adolfo Luxúria Canibal e música de Miguel Pedro. Conta com Adolfo Luxúria Canibal na voz, Miguel Pedro na bateria, António Rafael nos teclados, Vasco Vaz e Ruca Lacerda na guitarra, Rui Leal no baixo e Fernando Pinheiro, Jorge Barata, Lucas Lopes, Paulo Santos Silva e Tiago Regueiras no coro.
O vídeo foi realizado por Joana Domingues, com produção de Canal180.
Sobre esta canção, a banda partilha que «o tema "Viva la Muerte!" é o tema final do espectáculo homónimo (e do alinhamento do álbum a que deu origem) e funciona como o corolário estético do sistema concentracionário de que trata o espectáculo (e o disco), com a sua brutal desumanização do relacionamento social, e simultaneamente como a inquietação última geradora de revolta e recusa da opressão, bem patente na palavra de ordem que no fim se sobrepõe a toda a ideologia sacrificial, "Ninguém nasceu pra ser servil e morrer".»
A banda actua no dia 18 de Janeiro no Theatro Circo, em Braga; dia 25 de Janeiro no Teatro das Figuras, em Faro; dia 1 de Fevereiro no Teatro Municipal de Ourém; dia 26 de Fevereiro na Culturgest, em Lisboa, que se encontra esgotado; dia 1 de Março no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães e dia 7 de Março no Teatro Aveirense, em Aveiro.
VIVA LA MUERTE!
O espectáculo “Viva La Muerte!” junta os 50 anos da Revolução dos Cravos e os 40 anos de existência da banda, ao qual se aliam conferências com politólogos, filósofos e historiadores, relacionadas com as temáticas do espectáculo.
Numa época em que o perigo do regresso do fascismo se torna palpável, os Mão Morta não podiam deixar de se manifestar e de denunciar o ar dos tempos. A banda propôs-se, assim, a criar um espectáculo de comemoração e de alerta, com a composição de temas que vão buscar referências a autores como José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, Zeca Afonso ou Ary dos Santos, que viveram o fascismo salazarista e encontraram nessa opressão e censura a motivação para criar arte. Por outro lado, vão beber também às temáticas do fascismo contemporâneo, como o ultranacionalismo bélico, as teorias racistas da “grande substituição”, a globalização das teorias conspiracionistas, o ódio ao conhecimento científico e às instituições do saber ou o apelo ao pensamento único, de vocação totalitária.
É sobre este recrudescimento das forças maléficas anti-democráticas e do seu comportamento arruaceiro que os Mão Morta fazem um espectáculo, deixando claro os perigos que corremos e em que a democracia incorre. É o contributo da banda para os festejos do 25 de Abril, esse acto fundador dos dias radiosos em que Portugal cresceu nos últimos 50 anos. E também a maneira mais digna de celebrar os 40 anos da banda, dizendo presente quando a sociedade democrática em que vivemos e nos acolhe mais precisa, como é dever de qualquer artista e intelectual, enquanto “trabalhador do espírito”.
Paralelamente ao espectáculo de palco, os Mão Morta propõem ainda um momento de partilha de conhecimento e de saber em conferências com politólogos, filósofos e historiadores, lançando perguntas pertinentes: Quais as características dos fascismos actuais? Quais os seus perigos explícitos e implícitos? O que se mantém do fascismo histórico nos nacionais-populismos de hoje? Qual a relação dos fascismos actuais com as democracias liberais? Quais as liberdades que estão, nos novos fascismos, seriamente ameaçadas?, em debates moderados por elementos da banda.
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