04 Junho 2025
O Theatro Circo apresenta no sábado ONYX, da coreógrafa e performer Piny e co-criado por André Cabral. O espectáculo afirma-se como um ritual coreográfico de resistência, memória e futuro. Parte da ancestralidade para uma viagem onírica.
O espectáculo ONYX, da coreógrafa e performer Piny, em colaboração com o bailarino André Cabral, sobe este sábado ao palco do Theatro Circo. ONYX é apresentado como “um ritual onírico e político, onde se dissolvem fronteiras entre corpo e palavra, entre gesto artístico e intervenção social”. Nas palavras de Piny, traduz-se “numa viagem onírica por um universo de liberdade”.
Piny, uma das artistas mais singulares e provocadoras da dança contemporânea portuguesa, junta-se neste trabalho ao bailarino e intérprete André Cabral, criando um dueto de “celebração e protesto”, onde “nada é literal ou concreto”.
Ao Correio do Minho, Piny revela que ONYX nasce a partir de um trabalho de recolha das histórias de vida das mães de ambos os performers, dos seus sonhos e perdas. “Duas mulheres angolanas, mais ou menos da mesma idade, que vieram para Portugal no pós 25 de Abril. Este foi o motor que iniciou todo o trabalho”, conta. No espectáculo, “essas vozes, íntimas e documentais, dão origem a um espaço especulativo e sensorial, onde se cruzam migrações, sonhos, perdas e identidades em transformação”.
ONYX “é um ritual onírico e político”, um espaço de “celebração e protesto”. “Este trabalho constrói um espaço de resistência e escuta, celebrando a ancestralidade, o erotismo, a vulnerabilidade e o poder, num tempo que é simultaneamente memória e futuro”, descreve.
A crítica ao sistema em que vivemos existe, mas de forma subtil, “nada é literal ou concreto”. Contudo, afirma Piny, “mais do que uma crítica, o espectáculo é um manifesto pela liberdade. É um manifesto de inclusão. É um apelo, um chamamento a todos os que se sentem rejeitados numa sociedade extremamente patriarcal, numa sociedade que rejeita a diferença, que exclui pela idade, pela cor da pele, pela crença...”. Trata-se de “uma viagem onírica por um universo de liberdade”, garante Piny.
ONYX é uma performance de militância e escuta, onde a dança se revela acto de resistência e possibilidade de futuro. O espectáculo é apresentado sábado, pelas 21.30 horas, no Theatro Circo.
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