“Podemos construir relações mais duradouras com a digitalização”

Mobilizar e qualificar gestores de negócio e colaboradores de micro, pequenas e médias empresas para as vantagens de um modelo de negócio digital, foi o propósito do workshop ‘Faça mais com os seus clientes’, o qual teve lugar ontem na Associação Empresarial de Braga (AEB). A iniciativa “focou-se no relacionamento entre empresa e clientes, demonstrando como a digitalização pode contribuir para melhorar o desempenho e construir relações mais duradouras”, explicou Rui Marques, director-geral da AEB.
 

A sessão foi promovida pela Aceleradora Digital de Braga, no âmbito do projecto Acelerar o Norte, e reuniu perto de uma centena de empresários dos sectores do comércio, serviços pessoais, da restauração e similares.
 

O director-geral da AEB sublinhou, no dia de ontem, que “o principal activo das empresas são os seus clientes”, no entanto, continuou, “de uma forma geral, o que sentimos é que os micro negócios ainda fazem uma utilização muito insuficiente dos dados que têm dos seus clientes”. “Refiro-me a um conhecimento dos hábitos de consumo, das preferências, desejos e expectativas, para que possamos adaptar uma estratégia de comunicação de modo a ir ao encontro daquilo que as pessoas esperam, apresentando propostas de valor que sejam vantajosas”, notou.
 

No decorrer do workshop ontem promovido, foram apresentados softwares que permitem fazer a gestão do relacionamento com o cliente e os benefícios que daqui decorrem. Ao mesmo tempo, foi abordada a questão do Regulamento Geral de Protecção de Dados. “É preciso fazer estes procedimentos dentro das empresas. Promover uma comunicação regular com os clientes, conseguir colocar tudo dentro de sistemas que nos permitam fazer esta monitorização do que está a acontecer, sempre em estreito cumprimento das regras que existem”, referiu Rui Marques.
 

A aposta no marketing digital parece cativar cada vez mais os empresários. Segundo o director-geral da AEB, “há uma sensibilização crescente, uma grande preocupação das micro e pequenas empresas em acompanhar este movimento que está a acontecer. Há um grande receio de ficar irremediavelmente para trás”, considerou. “Sentimos de facto que há um grande interesse, confesso que nos está a surpreender. O projecto Acelerar o Norte tem metas muito ambiciosas, mas a verdade é que os empresários estão a responder: presente. Diria que é sinal, em primeiro lugar, que estamos a conseguir comunicar, mas sobretudo que os destinatários estão de facto a reconhecer a importância dos projectos e estão sensibilizados para esta questão”, concluiu Rui Marques.