04 Fevereiro 2021
Sem o movemento habitual que caracteriza a cidade, Braga vive recatada em casa os dias de confinamento. A esmagadora maioria das lojas está fechada e só sai à rua quem precisa de ir comprar pão, mercearia para casa ou medicamentos na farmácia.
Braga parece outra cidade. As gentes sumiram das principais ruas do centro e a esmagadora maioria das lojas de proximidade está “encerrada por tempo indeterminado”. No cruzamento das desertificadas Ruas de São Marcos e da Rua de Souto, o histórico café ‘A Brasileira’, com as mesas e cadeiras vazias, é o retrato do confinamento geral que mudou as rotinas e a vida dos bracarenses.
O movimento e a agitação diária tão característicos da cidade de Braga desapareceram. Os poucos que saem à rua para ir comprar pão, ir à farmácia ou ao minimercado partilham também da tristeza que ‘paira no ar’ e fazem dessa saída o seu ‘passeio higiénico’. É o único movimento que se observa.
Na Rua do Souto, uma das artérias mais movimentas do centro da cidade, há manequins completamente despidos nas montras. Nesta e noutras ruas, como a Rua do Raio ou a Rua dos Capelistas, algumas das lojas de vestuário que, apesar de terem a porta fechada, dão a possibilidade de serem contactadas através das redes sociais e dos seus websites - sendo esta a única via que têm para escoar os seus artigos/produtos, numa espécie de ‘take away’ com ‘entrega ao domicílio’ e na tentativa de poder ainda salvar o negócio.
Na Praça Conde de Agrolongo, agora amplificada sem a presença do Mercado Municipal Provisório, a correria dos transeuntes sumiu e há até manequins que simulam os corpos de pessoas reais em cafés encerrados ao público, mas que lembram a agitação dos dias mais alegres.
Rui Marques, director geral da Associação Comercial de Braga, diz que estas micro e pequenas empresas “não conseguem aguentar muito mais tempo”, indicando que os encerramentos ainda não se podem contar efectivamente, pois há muitos empresários que, apesar das “enormes dificuldades” estão a tentar resistir. Há até quem tenha encerrado portas, apesar de poder estar aberto, porque “não compensa”.
“Estamos a sofrer um segundo confinamento depois de praticamente nove/dez meses de quebras sucessivas de facturação e quando a esmagadora maioria das empresas encerradas têm as suas receitas a zero ou a praticamente zero. Mas as suas responsabilidades não estão reduzidas a zero”, assinala Rui Marques.
“As empresas, de uma forma geral, neste momento, não têm reservas, nem fundos de maneio e estão, de facto, com muitas dificuldades em cumprir com os seus compromissos, seja com o pagamento dos salários ou de impostos e contribuições, seja com os fornecedores, rendas e outras responsabilidades que continuam a ter que suportar”, frisou.
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