29 Janeiro 2020
Exposição procurou captar a alma de quem vive, no dia-a-dia, com a doença mental e mostra que Tu não és a tua doença. Basta olhar para o sorriso e deixar de lado o preconceito.
Quem vê os sorrisos não adivinha o diagnóstico que vai desde Alzheimer à esquizofrenia, passando por outras perturbações psiquiátricas, cumprindo o objectivo da exposição “Tu não és a tua doença” que ontem foi inaugurada no Espaço Setra, em Braga onde fica patente.
“As nossas fotografias transparecem aquilo que nós somos verdadeiramente por dentro. Demonstram a nossa alma, o nosso coração. Não está patente a doença”. O testemunho é de Dalila Ferreira, uma das 17 retratadas pela objectiva do fotógrafo Luís Vieira e cujo retrato integra a exposição “Tu não és a tua doença”.
A exposição foi preparada pelo pelouro da Saúde e do Desporto do Município de Braga para o mês da Saúde Mental, em Outubro do ano passado, e regressa para sensibilizar quem passa pelo Espaço Setra.
Presente, ontem, na inauguração, Dalila Ferreira confessou que gostou muito da exposição, mas admitiu que o que gostava mesmo era “que não fosse preciso haver exposições como esta”.
Enquanto isso não é possível, “damos graças por exposições como esta” afirmou Dalila Ferreiran que espera que ela “ajude a combater o estigma da doença mental para que ela não seja um bicho de sete cabeças e seja aceite com naturalidade”.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, que assume o pelouro da Saúde, Sameiro Araújo, elogiou todos os retratados que “deram estes sorrisos maravilhoso” que dão corpo à exposição.
“Todos ficamos orgulhosos por ver esta felicidade” assume Sameiro Araújo que identifica “fotografias representativas do que são e do que sentem”.
A vice-presidente do Município elogiou, também, o trabalho de Luís Vieira por ajudar a conceber “uma exposição diferente” ao ter conseguido captar, através da sua objectiva, a luz, o olhar e a felicidade de todos os retratados.
Os 17 retratados surgem acompanhados de familiares e/ou cuidadores que os acompanham no dia-a-dia.
Ao “Correio do Minho” o fotógrafo assume que já fez muitos retratos, mas nunca deste género. “Foi uma experiência fantástica e um desafio” relata Luís Vieira.
A preocupação foi menos técnica e mais com o objectivo de valorizar o rosto e as expressões de quem estava a ser fotografado, captando o que estavam a sentir. Ainda na inauguração, a vice-superior das Irmãs Hospitaleiras da Casa de Saúde do Bom Jesus, Irmã Vitória, reconheceu “fotografias que dizem e condizem com as vivências do dia-a-dia” lembrando que, para lá do diagnóstico da doença, “são pessoas como outras quaisquer, com as suas diferenças e os seus problemas que não se reflectem nestas fotografias”.
Sofia Araújo, do pelouro do Desporto, Juventude e Saúde assume que “é uma das exposições, na área da saúde, que traz muito orgulho ao Município.
Sófia Araújo agradeceu ao espaço Setra que está a assinalar os seus três anos de portas abertas e que apostou numa exposição diferente.
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