Braga, sexta-feira

Ucrânia: Ataque russo contra zona residencial de Sumy faz 13 feridos

Internacional

02 Setembro 2024

Lusa

Uma zona residencial da cidade ucraniana de Sumy (nordeste) foi alvo no domingo de ataques de mísseis russos, que fizeram pelo menos 13 feridos num centro de reabilitação infantil e num orfanato, segundo as autoridades locais.

A Administração Militar Regional de Sumy, citada pela agência Euromaidan, confirmou o ataque noturno contra o edifício situado numa área residencial da cidade próxima da fronteira com a Rússia, condenando “mais um crime contra a população civil pelos terroristas russos”.
 

A emissora pública Suspilne informou inicialmente que pelo menos duas crianças ficaram feridas, mas mais tarde a câmara municipal elevou o número de feridos para 13, com quatro hospitalizadas.
 

A cidade foi atingida por outros ataques durante a noite e ao longo do dia, tendo como alvo infraestruturas civis, tal como na cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia e também próxima da fronteira.
 

As autoridades de Kharkiv relataram 29 feridos, entre eles dois paramédicos, devido a um ataque de mísseis balísticos russos que teve como alvo três locais, incluindo um complexo desportivo e um centro comercial.
 

Vários dos feridos estão em estado crítico, segundo as autoridades locais.
 

De acordo com Oleh Syniehubov, chefe da Administração Militar de Kharkiv, não houve vítimas mortais, mas entre os 29 feridos estavam dois adultos e duas crianças em estado crítico.
 

Na sexta-feira, um ataque russo contra um edifício residencial em Kharkiv matou pelo menos seis pessoas e feriu 97, incluindo 22 crianças, segundo as autoridades locais.
 

Cerca de uma centena de edifícios em cinco locais da cidade de um milhão de habitantes foram atingidos por bombas de aviões russos, de acordo com a mesma fonte.
 

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse no sábado na rede social X que o número de mortos no bombardeamento russo a Kharkiv explica o pedido da Ucrânia para o "levantamento das restrições à utilização de armas ocidentais em autodefesa”.
 

Alguns países europeus, incluindo a Dinamarca e os Países Baixos, autorizaram a Ucrânia a utilizar as suas armas contra o território russo, desde que o faça em conformidade com o direito internacional.
 

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, os aliados que fornecem esses mísseis à Ucrânia, negam até agora autorização para os atacar, temendo uma reação russa e uma “escalada”.
 

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
 

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Deixa o teu comentário