05 Julho 2025
O Comité do Património Mundial da UNESCO vai reunir-se, em Paris, a partir de domingo e analisar, entre dezenas de outras candidaturas, propostas de Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
Até dia 16 de julho, o Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) reúne-se para a sua 47.ª sessão, onde vai analisar e votar sobre os próximos passos a dar em relação a candidaturas que vão dos Camarões à Austrália.
De Portugal, o comité vai analisar a candidatura de um conjunto de obras projetadas pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, que surge na documentação preparatória da reunião com a recomendação de revisão para decisão posterior.
A candidatura é coordenada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e abrange o edifício da própria FAUP, o Museu de Serralves e o Bairro da Bouça, no Porto, a Piscina das Marés e a Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos, o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, a Igreja do Marco de Canavezes e a Casa Alves Costa em Caminha.
De Portugal, foram ainda submetidos três relatórios sobre os estados de conservação do Santuário do Bom Jesus, em Braga, do Real Edifício de Mafra e do Centro Histórico de Guimarães e da Zona de Couros.
Do Brasil, vai estar em avaliação a candidatura do Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, com a recomendação da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa) de que o processo deve voltar ao país proponente para, entre outros fatores, garantir a concordância do povo indígena Xakriabá.
Por seu lado, quer a candidatura da Guiné-Bissau quer a de Moçambique estão sob proposta para inscrição como Património Mundial.
Bissau candidata à lista de Património da Humanidade o arquipélago dos Bijagós, depois de em 2013 já ter sido analisada uma proposta de classificação, que acabou adiada para que fosse possível reforçar a proteção legal daquela paisagem natural.
O relatório da IUCN assinala que o arquipélago é “provavelmente o mais importante local em África e um dos mais importantes do mundo em termos de ninhos de tartarugas marinhas, e o segundo mais importante de recolha de comida em África para a rota de migração do Atlântico Este, que é de importância global para as aves migratórias”.
De Moçambique, está proposto o Parque Nacional de Maputo, que está ligado ao parque das Zonas Húmidas iSimangaliso, na África do Sul, que já tem estatuto de Património Mundial.
Com a eventual elevação da parte moçambicana ao estatuto de Património Mundial da Humanidade, as duas partes vão avançar com conversações para encontrar uma nova forma de gestão, com a preocupação principal na movimentação das espécies.
“Caso se concretize, vai ser criado um comité conjunto e um plano operativo conjunto [com a África do Sul]. A gestão é individual de cada país, mas terá de haver coordenação em conjunto” para se “manter o valor” de ambos os parques, disse à Lusa esta semana o administrador daquele parque, Miguel Gonçalves.
A Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural foi adotada pela UNESCO em 1972 e tem por objetivo “proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excecional”, como se lê na página da Comissão Nacional da UNESCO.
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